Estar com um visual saudável, com menos rugas ou linhas de expressão para disfarçar a passagem do tempo. Com os fios dos cabelos radiantes, o corpo com menos gordurinhas e sem as terríveis marcas das varizes é o sonho de quase todo mundo hoje em dia.
Tanto que cada vez mais os tratamentos estéticos mais diversos são procurados por aí. Só que nem todo mundo tem coragem de entrar, literalmente, na faca, e acaba adiando o sonho de melhorar a aparência.
Mas a tecnologia tem se tornado uma enorme aliada da indústria da beleza e do bem-estar. Graças a ela e a modernas técnicas muitos tratamentos já podem ser realizados sem a necessidade de uma cirurgia, ou de forma minimamente invasiva.
A seguir listamos alguns dos principais procedimentos não invasivos para os cabelos, pele e corpo. Todos têm se tornado sensação e os resultados são surpreendentes. Confira!
Laser Capilar
A utilização do laser na medicina dermatológica tem se tornado cada vez mais comum, principalmente em tratamentos para os cabelos e couro cabeludo. “Um dos protocolos que mais usamos consiste na aplicação do laser Erbium YAG diretamente no couro cabeludo, a fim de aumentar o fluxo sanguíneo e a atividade metabólica local, além de potencializar a penetração de ativos e substâncias que estimulam o crescimento e fortalecimento dos fios”, explica a médica tricologista Dra. Luciana Passoni, de São Paulo.
Segundo ela, a chamada laserterapia (luz de diodo de baixa intensidade) vem sendo utilizada há muitos anos em diversos tratamentos. A luz emitida pelo Laser provoca fotoestimulação do couro cabeludo. Isso prolonga a fase de crescimento do ciclo de vida do cabelo por meio de um fenômeno chamado bioestimulação. “Dessa forma, acontece uma melhora da oxigenação, nutrição das células e elevação na circulação sanguínea do couro cabeludo. Além de atuar como anti-inflamatório e cicatrizante, deixando os cabelos mais revitalizados”, pontua a especialista.
E o melhor: o tratamento com laser é indolor e extremamente seguro, não tóxico, não invasivo e sem qualquer tipo de efeito colateral. Após a aplicação do laser o paciente pode seguir com suas atividades normais do dia a dia. “Pacientes que fazem uso do Laser Capilar percebem uma melhora, em média, após 2 meses de tratamento. Os resultados são individuais e refletem a progressão de cada caso, mas é preciso ter sempre dedicação e disciplina. O tempo é o melhor amigo dos bons resultados”, diz a tricologista, ressaltando que são necessárias de 6 a 10 sessões, em média, dependendo de cada quadro e do problema a ser tratado.
CLaCS para vasos e varizes
Não é nada agradável notar que com o passar dos anos, e por fatores genéticos, em alguns casos, começam a surgir aquelas veias mais aparentes nas pernas e pés, não é mesmo?
E se antes para conter as varizes não havia uma alternativa a não ser passar por uma cirurgia que necessitava de dias de repouso para recuperação e marcas roxas na pele, agora isso faz parte do passado.
Uma das opções mais modernas do mercado para tratar vasos e varizes também utiliza o laser. É a chamada técnica CLaCS, procedimento capaz de evitar 85% das cirurgias de varizes, segundo explica o médico vascular, dr. Gustavo Marcatto, de São José do Rio Preto (SP). “Através da sinergia entre os procedimentos ela soma forças e possibilita tratar as varizes sem precisar de cortes ou repouso. Alguns casos de varizes muito grossas precisam de outras técnicas complementares, como o endolaser, mas também sem necessidade de intervenção cirúrgica ou tempo de repouso”, explica o especialista.
De acordo com o médico o procedimento de CLaCS, em geral é bem tolerado e existem técnicas de analgesia que tiram a dor durante a aplicação, como o resfriamento da pele e o óxido nitroso. “Por se tratar de uma doença genética, as varizes precisam de acompanhamento contínuo pela vida toda. Mas quando o problema é tratado adequadamente não volta mais a aparecer naquele mesmo lugar”, pontua o Dr. Gustavo.
Liftera e Fotona na pele
O rosto é nosso cartão de visitas, não tem jeito! E os cuidados com a pele dessa região são sempre os mais levados em conta quando o assunto é tratamento estético. E se antes, para tirar uma ruguinha e melhorar a aparência era necessário se internar, passar por cortes, anestesia, curativos, hoje ter aquela pele linda e radiante ficou bem mais fácil.
Um dos procedimentos mais usados atualmente no rosto é o Liftera. “Trata-se de um ultrassom micro e macrofocado, que proporciona lifting e sustentação facial, melhora de contornos e rejuvenescimento através do estímulo da produção de colágeno, o que reduz de forma expressiva a flacidez. Também consegue proporcionar eliminação de tecido gorduroso, resultando num efeito bichectomia-like na face e na perda de gordura localizada corporal”, explica o médico dermatologista, Dr. Luann Lôbo, de São Paulo.
O Liftera pode ser realizado em várias partes do corpo, como face, região da papada, pescoço, colo, além do abdômen, flancos, braços, costas, interno de coxas, costas. Sempre visando tratar, principalmente, a flacidez e gordura localizada.
O procedimento é levemente dolorido, mas tranquilamente tolerado pelos pacientes, diz o Dr. Luann. “E já ao sair da sessão, é possível sentir um efeito lifting imediato. Resultados ainda mais expressivos são vistos a partir da 4ª semana, com pico de resultados em torno do 4º mês”, pontua o médico.
Além do Liftera, outra tecnologia muito usada nas clínicas de estética é o Fotona, uma combinação de lasers que alcança incríveis resultados para o rejuvenescimento da pele.
“Fotona é um laser, enquanto o Liftera é um ultrassom microfocado. Ambos estimulam a produção de colágeno em diferentes camadas da pele. O diferencial do Liftera é o significativo lifting que ele proporciona por atuar diretamente no SMAS, estrutura que funciona como uma “capa” que envolve a nossa musculatura facial, tracionando-a. Quanto ao Fotona, seu diferencial é tratar, também, as camadas mais superficiais da pele, gerando melhora de manchas, poros e radiância”, detalha o dermatologista.
O médico faz questão de pontuar que hoje em dia existe no arsenal terapêutico da medicina estética, diversas tecnologias não-invasivas. “Considerando a intensidade de resultados, sem dúvida, o Fotona e o Liftera estão entre os meus tratamentos favoritos quando objetivamos rejuvenescimento e melhora da qualidade da pele”, finaliza o Dr. Luann.
BodyTite e Bichectomia
Pois é, lendo assim, esses nomes aí acima podem até assustar, mas são mais dois procedimentos tecnológicos aliados aos tratamentos de beleza.
O chamado BodyTite é um aparelho de radiofrequência usado para tratar quadros de flacidez. “Costumamos utilizá-lo em tratamentos estéticos de áreas com flacidez de face e corpo. Costumeiramente associamos, também, a radiofrequência à cirurgias de lipoaspiração, lifting facial, blefaroplastia (pálpebras), braquioplastia (braços), cruroplastia (remodelação das coxas) e abdominoplastia, para potencializar os resultados”, diz a cirurgiã plástica Dra. Thamy Motoki.
De acordo com a especialista, a máquina do BodyTite tem várias formas de utilização, inclusive com uma ponteira (Morpheus) em consultório que faz um microagulhamento promovendo excelente resultado e sendo pouco invasiva. “Alguns pacientes podem relatar certo incômodo, mas para evitar isso utilizamos anestésicos locais nos tratamentos realizados em clínica”, explica a Dra. Thamy.
Outro procedimento muito buscado nos últimos tempos é a Bichectomia. Esse é um pouquinho mais invasivo, mas nada complicado. Através de uma pequena cirurgia é retirada a chamada Bola de Bichat (gordura que fica no interior da bochecha), levando a um afinamento do rosto.
“A bichectomia pode ser feita com anestesia local. Necessita de um corte bem pequeno no interior da bochecha e no final do procedimento são dados alguns pontos que o próprio organismo reabsorve. O paciente não precisa ficar internado. Logo após o procedimento ele já é liberado. Também não costuma doer, pode ocorrer apenas uma sensibilidade no local onde há o corte . Por isso o paciente precisa ter cuidado na hora de escovar os dentes e se alimentar por alguns dias”, pontua a cirurgiã, ressaltando que a recuperação demora, em média, 7 dias, quando podem ocorrer inchaços no local.
Ultrassom Microfocado e Morpheus
O colágeno é uma das substâncias mais importantes para ter uma pele bonita e livre daquelas ruguinhas tão temidas. O problema é que com o passar dos anos os níveis de colágeno ficam menores. E, mais uma vez, a tecnologia entra em ação!
Um dos procedimentos mais usados para recuperar o colágeno perdido é o ultrassom microfocado que é capaz de promover microcoagulações dentro da pele e em profundidades diversas, de acordo com cada caso e necessidade. “Essas microcoagulações são revertidas pelo organismo do paciente em novo colágeno e novas fibras elásticas”, explica o médico dermatologista, Dr. Fernando Macedo, referência em tecnologias a laser e que atua em São Paulo.
Segundo o especialista, esse tipo de ultrassom também pode ser usado numa camada da derme chamada SMAS, que é a área fibrosa que liga os músculos à pele. “Quando estimulamos contrações nessa região que fica em cima do músculo, através do ultrassom microfocado, fazemos retrações da pele. Essa ação melhora a flacidez, além de produzir colágeno. Acontece, então, um efeito lifiting. A aplicação pode ser feita no rosto e no contorno da face e pescoço”, detalha o dermatologista.
Dependendo do caso, o procedimento é realizado em áreas mais profundas da derme, atingindo camadas de gordura, principalmente a papada e as bochechas, com a intenção de afinar o rosto do paciente. “Tratamos também a gordura do braço, abdômen, coxa, e flacidez com ponteiras mais superficiais”, diz o dermatologista.
De acordo com o Dr. Fernando o ultrassom microfocado sempre foi considerado um tanto dolorido. Mas atualmente, com o uso de uma espécie de caneta, a técnica causa menos dor e muito mais precisão para o profissional. Então, eventualmente, só com creme anestésico, acabou o paradigma de que é preciso doer para funcionar.
“Hoje em dia a grande novidade é usar a caneta que permite o movimento livre da mão, podendo atuar em áreas difíceis como a região da pálpebra superior e em volta dos olhos. Isso proporciona tratamentos mais individualizados, usando os ligamentos de uma ancoragem da face ou do pescoço, de maneira desigual, ou seja, focando mais nas áreas dos ligamentos para fazer tensionamento e reposicionamento. E menos em outras áreas, onde a gente só quer fazer colágeno”, pontua o doutor.
Já o Morpheus é outro tipo de ponteira com agulhas isoladas e que transmitem, além do trauma mecânico para dentro da pele, a energia de radiofrequência. “É uma energia elétrica que se transforma em calor e vai promover um dano térmico na derme e na gordura, com a remodelação deste tecido. No caso da derme com a formação de colágeno e fibras elásticas novas, e no caso da gordura, realmente, a eliminação ou diminuição da camada gordurosa”, explica o Dr. Fernando.
Vale ressaltar que o microagulhamento com radiofrequência do Morpheus é um procedimento mais agressivo, que provoca o inchaço e, eventualmente, micropontinhos de sangue na superfície da pele. “Nesse caso existe um pós que pode durar de um a dois dias e os resultados só começam a após o inchaço desaparecer (2 a 3 dias). Mas vale ressaltar que tudo que envolve a formação de colágeno as mudanças só começam a ser, de fato, notadas em 4, 6 e até 8 semanas, chegando até em 12 semanas, em alguns casos”, esclarece o médico.
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